Independência financeira: o sonho de muitos jovens

Ellen Rebello

Aos 24 anos Marcos Soares se diz satisfeito ao falar de sua vida financeira. Já é formado em Administração, tem carro próprio, um bom emprego e consegue cuidar de sua vida pessoal sem depender dos seus pais. Apesar de ainda morar na casa da família, ele já não vê problemas em relação a independência. “Hoje eu mesmo pago minhas contas e ainda ajudo meus pais. É uma conquista que muitos sonham, e eu com muito esforço consegui realizar”.

Marcos é só sorrisos em sua boa fase financeira

O próximo passo que Marcos quer dar é a compra da casa própria. “Gosto de morar com meus pais, mas já venho namorando há algum tempo, tenho planos de casar. Pra que isso aconteça precisamos estar bem instalados, não dá só pra pensar que se vive de amor”. Nos próximos meses ele planeja diminuir os gastos e juntar uma boa grana para realizar esse sonho. “Quero muito que meus planos se concretizem, a compra da casa é mais uma realização pessoal. Poder receber os amigos, fazer aquele churrasquinho e estar na minha casa. Não vejo a hora disso acontecer”.

Luciana prefere o conforto de casa mesmo sendo dona do seu dinheiro

Nesse mesmo meio encontramos Luciana Inoue, de 22 anos, estudante de Direito, bem empregada, com carro próprio e que mora com a família, mas por opção. “Gosto de ficar perto dos meus pais, me sinto mais segura, só não dependo deles financeiramente. Hoje sou eu quem empresta o cartão de crédito e ainda dou algum dinheiro pra que ela gaste com ela mesma, afinal, mãe sempre pensa primeiro nos filhos, chegou a minha vez de contribuir”.
Hoje Luciana relembra as dificuldades que passou e fica feliz com o resultado final: “Não é fácil sair com deizão no bolso, pagar taxi, entrada de balada e ainda beber. O dez reais da mãe dava pra tudo isso e ainda se sobrasse guardava pro próximo final de semana. Recordo também de algumas viagens que deixei de fazer por depender dos meus pais, uma delas foi a praia de ano novo com uma turma de amigos, não tinha R$300,00 pra viajar com eles e fiquei em casa chorando. Olhando o que passei vejo que tudo foi aprendizado e hoje sei como gastar meu dinheiro”.

Editado por Luciana Grande