Amizade não se compra, se conquista. É baseado nesse lema que um grupo de pessoas organiza a feira de adoção de animais, que ocorre todo sábado, das 9h30min até às 13h, na Praça Nove de Dezembro. O grupo recolhe animais de rua e os coloca para adoção. Além disso, eles cuidam dos que sofreram abusos até que estejam em condições de serem adotados.
A fundadora do projeto LANA, Nerci Burodiak, que cuida de animais de rua e é voluntária da feira, diz que já encontrou casos extremos de maus tratos aos animais. “Já aconteceu de eu achar cães que foram cegados ou queimados por pessoas. É surpreendente o que os indivíduos têm coragem de fazer com os bichinhos. Com esses projetos, a gente tenta pegar os animais de rua e dar um futuro melhor para eles”. Nerci também conta que quando os animais não estão em condições de adoção, ficam em sua casa até que estejam aptos à isso. “Às vezes eles chegam com sarnas e desnutridos. Quando isso acontece, nós fazemos o controle de germinação. Depois que estão recuperados, colocamos para adoção”.
Outro voluntário e co-fundador da feira é Edgar Ganzarolki. Ele conta que ideia surgiu há cinco anos, quando uma estudante da cidade sugeriu uma parceria com ele, que até então cuidava apenas de gatos. A partir daí a feirinha vem crescendo, assim como o número de voluntários. Ela trabalha com cães e gatos de qualquer raça, mas segundo Ganzarolki, os mais procurados ainda são os cachorros. “As pessoas ainda tem um certo preconceito com os gatos, então a procura por eles acaba sendo bem maior por quem já tem esse tipo de animal em casa”. Essa feira também tem como objetivo diminuir o comércio de animais. “Nós temos uma superpopulação de animais de rua, então recomendamos às pessoas a adoção. Quando uma alguém compra um animal, está incentivando os criadores a produzirem mais animais. A gente recomenda, também, que as pessoas esterilizem os bichos para controlar a superpopulação”.
Para quem quiser adotar um animal, os pré-requisitos são: disposição, amor por ele e compromisso. E para quem quiser ajudar na feira, é só aparecer nos sábados e conversar com algum voluntário, Mas Ganzarolki alerta: “o trabalho vai muito além de ajudar a adotar os animais. Às vezes é preciso levar alguns para casa e cuidar. Ser voluntário também exige muito compromisso”.
Editado por Luciana Grande
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