terça-feira, 28 de junho de 2011

Férias de julho em Guarapuava

Confira dicas de programas em nossa cidade

Katrin Korpasch

Uma das maiores atrações de Guarapuava são suas cachoeiras. No verão, elas são muito frequentadas. Mas e agora, o que fazer em Guarapuava nas férias de inverno? O Ágora traz para você uma dica de programa que cai muito bem com o frio que já chegou à cidade. Que tal visitar um museu e finalizar o dia em um café? Confira agora duas opções para esquentar as suas férias com história e chocolate quente.

O Museu Municipal Visconde de Guarapuava fica na Rua Visconde de Guarapuava, em frente à Praça 9 de Dezembro

Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a trajetória histórica de Guarapuava a dica é visitar o Museu Municipal Visconde de Guarapuava. Ele foi criado em abril de 1948 e funciona em um casarão construído por escravos por volta de 1841. Esta casa pertenceu a Antonio de Sá Camargo, que recebeu de Dom Pedro II o título de Visconde de Guarapuava devido a prestação de serviços ao Império e por sua atuação na Guerra do Paraguai. O museu apresenta móveis e artigos do lar usados ainda no século XIX. Nos fundos da casa há uma construção que na época funcionava como senzala. Em julho o Museu Municipal Visconde de Guarapuava fica aberto nas segundas-feiras, das 13h às 18h, e de terça à sexta das 8h às 18h. Para finalizar o dia a dica é o Café Miró, no Bairro Santa Cruz. De segunda a sexta-feira é oferecido o café colonial das 15h às 21h com doces, salgados, tortas e vários tipos de bebidas quentes.

A segunda opção do programa ‘museu e café’ está localizada a aproximadamente 20 quilômetros do centro de Guarapuava, o Museu de Entre Rios. As cerca de cinco mil peças, entre objetos, documentos e vestimentas e sessenta mil fotografias que o museu apresenta, contam a história dos Donauschwaben, os suábios do Danúbio. Esse povo de origem germânica, chegou em Guarapuava há mais de 60 anos e com muito trabalho e suor conseguiram seguir em frente e construiu uma nova pátria em Entre Rios. Por volta de 1720 deixaram suas casas em busca de mais oportunidades nas terras recém conquistadas pelo império austro-húngaro e fixaram-se em terra que hoje são as nações que compunham a Iugoslávia, Romênia e Hungria. Depois da 1ª Guerra Mundial o império austro-húngaro se desintegrou, na 2ª Guerra Mundial essas nações, aliadas aos soviéticos, consideraram a Alemanha como inimiga, e com isso todos os suábios que tinham feito de lá seu novo lar foram considerados inimigos também. Sempre sobre ameaças de represálias e perseguidos pelo ditador da Iugoslávia Tito e seus partisans, em 1944 os descendentes de alemães tiveram que deixar seus lares. Depois de passarem sete anos na Áustria vieram ao Brasil, a Guarapuava, para tentar começar do zero.

O Museu de Entre Rios conta uma história que começa antes de 1720

Toda esta história pode ser conferida no Museu de Entre Rios. Os treze ambientes que o compõe estão em ordem cronológica, o visitante começa o percurso nas batalhas entre os turcos otomanos e o império austro-húngaro e termina nos primeiros anos dos suábios aqui no Brasil. Depois de tanta história a dica é terminar o dia no Brot&Café, que fica pertinho do museu. Lá, além de espantar o frio com uma variedade de cafés e chocolates quentes, você pode experimentar várias tortas e doces alemães, além de salgados e doces em geral.

O museu de Entre Rios fica aberto de segunda a sexta-feira das 8 às 12 e das 13 às 17. Grupos grandes devem agendar as visitas, o ingresso custa R$ 2,00, escolas e universidades têm entrada gratuita. Já o Brot&Café atende de segunda a domingo das 7h da manhã até às 9h da noite. Nas quartas, sábados e domingos tem o café colonial a partir das 15h.

Editado por Ellen Rebello

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