Yarê Protzek
Com o dia a dia corrido, esse é um problema que atinge cada vez mais a população
Dores de cabeça, dores pelo corpo, quadro emocional alterado. Esses são alguns sintomas que Ana Maria Souza começou a sentir no começo de 2008. Preocupada com a possibilidade de ser algo maléfico a sua saúde, resolveu ir a um médico. Após fazer uma bateria de exames e constatar que fisicamente estava tudo certo, o médico aconselhou-a a procurar uma psicóloga. Ao relatar o que sentia, descobriu que o seu problema era um enorme grau de estresse gerado devido à correria do dia a dia e problemas pessoais. Orientada pela psicóloga, começou a seguir várias recomendações para lidar com essa situação, como praticar exercícios físicos - algo que mantém até hoje, já que melhorou significativamente o seu quadro de estresse. Depois de contar o seu problema para alguns conhecidos
e fazer pesquisas sobre o assunto, Ana se deu conta de que é apenas mais uma brasileira a enfrentar essa situação tão comum nos dias de hoje e que afeta boa parte da população em todas as faixas etárias.

O acúmulo de tarefas é um dos motivos causadores do problema
Fases do estresse
A primeira é conhecida como “fase de alerta”, quando a principal característica é a aceleração do metabolismo. Ela também é denominada como estresse positivo. Viviane explica que “ansiedade demais é prejudicial, mas ela impulsiona o ser humano a ter uma atitude, essa primeira fase move as pessoas a terem reação. Ela faz com que os indivíduos produzam e sejam mais criativos.O estresse ideal é quando a pessoa aprende a manejar a fase de alerta e gerenciar essa fase de uma forma eficiente. Ela consegue alternar em estar alerta e sair da alerta”.
A segunda fase é chamada de “fase da resistência”. Nela, o cansaço toma conta e há mais chances de o organismo desenvolver problemas como gripes e dores de cabeça. Há, também, perda de memória.
A terceira é conhecida como “a quase exaustão”, na qual o indivíduo terá um decréscimo na sua produtividade, perda de memória e dificuldade de concentração. Nesse momento, a vontade de socializar com outras pessoas é quase nula.
A última e mais preocupante é a “fase da exaustão”. O indivíduo pode até ser hospitalizado devido às enfermidades citadas na fase dois que adquirem uma intensidade maior. Doenças mais sérias, como hipertensão arterial crônica, úlcera gástrica, diabetes, depressão, problemas de pele, dentre outros, se instalam no organismo com mais facilidade.
O combate ao estresse não é fácil e a melhor maneira de tratar é pedir ajuda a um psicólogo para detectar os desencadeadores do problema, identificar o estágio para aprender a lidar com as situações sem entrar na fase exaustiva. Independentemente das medidas, o reconhecimento da dificuldade é o primeiro passo para a cura. “Você estando consciente dos seus problemas, fica mais fácil de você reagir a eles”, conta Ana Maria.
Pequenas atitudes podem evitar o surgimento do estresse. Manter o ritmo biológico, respeitando, sobretudo, o sono, fumar e beber menos, ter uma alimentação mais saudável, socializar mais com amigos e fazer exercícios físicos são algumas formas de evitar. É preciso estar em alerta aos sintomas que o seu corpo e a mente apresentam. “Nossa mente precisa de atenção. Quando não estamos bem mentalmente, não conseguimos realizar um bom trabalho, fazer com que as coisas vão para frente. Apenas nos frustramos e frustramos as pessoas que estão a nossa volta, uma vez que o nosso humor sofre oscilações o tempo todo”, ressalta Luiz Paulo.
O estresse não é uma doença atual e muitos estudiosos se dedicam para analisar os principais sintomas que ele causa. A psicóloga comenta que “o dia a dia está exigindo mais das pessoas, elas estão mais comprometidas com o trabalho ou têm uma carga horária muito maior, e também há as questões financeiras. Dessa maneira, as pessoas têm mais dificuldades de lidar com essa pressão diária, com as situações que exigem maior esforço emocional, então elas acabam não reagindo tão bem e ficando estressadas”.

A prática regular de exercícios e uma alimentação equilibrada ajudam a combater os sintomas
Editado por Gabriela Titon
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