quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Última parada


Katrin Korpasch

Continuamos nosso trajeto na rua XV de Novembro, até dobrarmos a direita na rua Euclides da Cunha, nome que homenageia um grande escritor brasileiro. A partir de 1888 Euclides da Cunha passou a fazer parte do jornal o Estado de São Paulo, para o qual mandava suas reportagens sobre a Guerra de Canudos. Assim, escreveu sua obra, Os Sertões.

Da rua Euclides da Cunha passamos para a rua Alcione Bastos, o primeiro aviador de Guarapuava, um dos primeiros do Paraná. Ele nasceu em 1912 e faleceu em 1944 em um acidente quando comandava uma aeronave em Salvador. Voltamos a Alcione Bastos depois de um rápido desvio pela rua Coronel Saldanha (veja o por quê no mapa abaixo).

Coronel José de Freitas Saldanha nasceu em 1841 e faleceu em 1898. Foi presidente da Câmara, juiz de paz, prefeito e deputado provincial.


Da rua XV até a Alcione Bastos, um aviador em nome de rua


Coronel Saldanha viveu em Guarapuava entre 1841 e 1898

Retomamos o passeio com uma conversão à direita para chegar até a rua Pedro Siqueira, que foi um fazendeiro, bandeirante e político importante em Guarapuava. Ele era o dono do escravo Belmiro de Miranda, sobre o qual já falamos em nossa série. Todas as ruas pelas quais passaremos hoje apresentam, na maior parte de sua extensão, atividades comerciais, já que passam basicamente por áreas mais centrais da cidade.

Depois disso tomamos a rua Capitão Frederico Virmond. Capitão Virmond foi um carioca que veio para Guarapuava em 1852. Aqui exerceu vários cargos, foi delegado, presidente da Câmara Municipal, deputado estadual e vice-presidente do estado. Além disso, foi um empresário, fundou a “Sá Virmond e Cia” em 1860, a primeira grande companhia da cidade. Na loja eram comercializados chapéus, tecidos, armas, armarinhos, entre outros. Virmond também se dedicava ao comércio de animais em larga escala, fundou o Sítio Santa Maria, no qual cultivava grandes quantidades de cana de açúcar e algodão.

Tomando a Capitão Frederico Virmond

Com 3,6 km, a rua Capitão Frederico Virmond se estende do Bairro Santa Cruz até o Alto da XV

Chegando novamente ao Bairro Santa Cruz, do qual partimos no começo de nosso passeio, passamos pela rua Engenheiro Antonio Rebouças. Segundo o professor de História da Unicentro, Ariel Pires, no começo do século XX foram criadas muitas ruas (e também municípios) com nomes de engenheiros, construtores das estradas de ferro e das rodovias do Paraná. “Na ótica de quem deu nomes às ruas foram pessoas que trouxeram progresso”, explica. Antônio Rebouças foi um destes engenheiros.

De volta à Afonso Botelho, no Bairro Santa Cruz

A seguir voltamos para a rua Afonso Botelho, perto de onde partimos. E assim chegamos ao final de nossa rota. Confira na última matéria da série o balanço final deste passeio.

Editado por Poliana Kovalyk

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