

Diogo Pinto de Azevedo Portugal, Padre Francisco de Chagas Lima, Antonio da Rocha Loures e mais 200 soldados e 100 povoadores vieram para a região a mando de D. João VI com a Real Expedição Colonizadora de Guarapuava. O grupo chegou em 17 de junho de 1810 e deu origem ao Povoado de Atalaia, o primeiro povoado dos campos guarapuavanos. Mais tarde, entre 1818 e 1819 foi fundada a Freguesia de Nossa Senhora de Belém, os moradores do Povoado de Atalaia se mudaram para o local escolhido por Padre Chagas para receber a Igreja Matriz, entre os rios Pinhão e Coutinho, exatamente onde hoje se encontra a sede de Guarapuava, foi aí que a cidade começou.
Conforme o professor de história da Unicentro, Ariel Pires, é justo homenagear estes nomes em nossas ruas. “São os fundadores de Guarapuava, líderes de expedições que vieram tomar posse das terras em nome, ou para o governo imperial, principalmente depois de 1808, quando a família real veio para o Brasil. D. João VI imediatamente lançou a política dele e partiu para atravessar o tratado de Tordesilhas, já que Guarapuava, por exemplo, era possessão espanhola”.
Os três personagens contribuíram para o estabelecimento do que hoje é nossa cidade. Depois de, como vimos na nossa primeira matéria, Afonso Botelho e seu grupo terem deixado Guarapuava, quarenta anos depois chegam Azevedo Portugal, Padre Chagas e Capitão Rocha para colonizar nossa região e dar início a Guarapuava. Por isso são homenageados em nossas ruas. Aliás, Padre Chagas tem outra ligação com as ruas guarapuavanas. Foi ele que traçou as primeiras ruas e a arquitetura dos primeiros casarões de Guarapuava. Traçou a primeira quadra da cidade, na qual ficaria a Igreja e a Casa do Vigário, o ponto zero da cidade. Porém, no começo as vias eram denominadas conforme o uso. Havia por exemplo, a rua da Cadeia, rua das Flores, rua da Sachristia, e assim por diante. Foi em 1853 que os vereadores passaram a requerer uma denominação legal para as vias da cidade.
Editado por Mário Raposo Jr.
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